30 junho, 2016

Encerramento das Pastorais - Festa Junina & I Olimpiada APAE e Seminário

No último dia 27 os aspirantes concluíram suas pastorais deste semestre.
Nessas atividades, eles, os aspirantes,  buscam encontrar-se com o outro em suas diversas realidade. Dessa forma também aprimoram suas formações Humana, Cristã e Franciscana, evidenciando a presença e participação do Seminário na vida da população de Ituporanga.


Na APAE, juntamente com a tradicional festa junina da instituição, os aspirantes finalizaram e premiaram todos os alunos e professoras que participaram da I Olímpiada APAE e Seminário. Levando assim mais uma atividade e interação entre todos, evidenciando que as limitações deles  não resumem em deficiências, mas com elas mostram as nossas.

Confira abaixo algumas fotos:



Atenciosamente,

Equipe de Comunicação

14 junho, 2016

Discurso Sobre Ubuntu!



Uma filosofia africana muito simples e bonita foi o tema da 4ª Sessão do Grêmio Literário Santo Antônio conheça um pouco mais sobre o Ubuntu

"Jesus chorou" (Jo 11, 35).

Saúdo com grande apreço a mesa diretora composta pelo diretor frei Alberto Eckel Junior, presidente Lucas Moreira Almeida e o secretário Franklin Matheus da Costa. Estendo minhas saudações nos demais presentes nem especial ao Frei Robson Luiz Scudela.

Desde sempre as pessoas querem se dar bem em cima das outras, em Gênesis Cain mata Abel por inveja, por ciúmes José é vendido por seus irmãos e tantas outras histórias da bíblia, da humanidade mostram que para o ser humano é necessário ser melhor.

Em contrapartida uma palavra africana mostra o que é ser humano, o que é ser gente. Falarei sobre o Ubuntu. Para melhor compreensão de dividirei na minha prédica em dois tópicos, a saber, o que é Ubuntu e Ubuntu e Cristianismo.

Demos início ao primeiro tópico o que é Ubuntu?

O Ubuntu é uma filosofia e ética africana que não se sabe exatamente onde nasceu. Muitos dizem que surgiu no Egito e outros dizem que foi na África Subsaariana. No entanto ambos dão o mesmo significado palavra que traduzida para o português significa humanidade para com todos.  Mas o que isso significa?

Na tentativa de retradução da palavra a mesma ficaria “sou quem sou porque somos todos nós”, ou seja, uma pessoa com Ubuntu tem consciência de que ela é afetada quando um semelhante seu é afetado. É saber que eu não estou em um barco sozinho em alto mar, mas reconhecer que preciso do outro.

Me recordo que durante toda minha infância minha mãe sem saber o que é Ubuntu, me deu uma educação baseada nele, uma educação baseada no respeito ao próximo, na compaixão, na partilha, na empatia. Aposto que com vocês não foi diferente?!

Os africanos vão dizer que para o ser humano é necessário ser como os outros e ser como os outros devem ser tudo. Somos feitos únicos para ser um com o outro. Cristo nos disse que Ele é a videira e nós somos os ramos.  Nos disse que quando comemos e bebemos o Seu Corpo e Se Ele permanece em nós e nós nEle. Com isso entro no meu segundo tópico o Ubuntu tu e o cristianismo.

Segundo Chistifideles laici: “Cristo é a cabeça do corpo que é a igreja", ou seja, a igreja que somos é uma com Cristo.

Se membro deste corpo padece todo o corpo padece, ou ao menos deveria padecer. Isso é Ubuntu sentir na pele o que o outro sente ser um com o outro.

Citei o catolicismo apenas para ficar mais fácil à compreensão, mas esta ética não pode se limitar em religião. Mesmo sendo católico sou convidado a repartir, amar e sentir o outro que professa uma fé diferente da minha.

Para melhor entendemos podemos pegar a imagem da Santíssima Trindade três pessoas Pai, Filho e Espírito Santo, mas uma essência, uma substância. Temos que ser como a Trindade, ter comunhão, mas claro, cada um fazendo a sua parte como o Pai que cria, o Filho que salva e o Espírito e move a igreja com seus dons.

Cristo mesmo rezou ao Pai: “Que eles sejam um como Eu e Tu Somos um..." nos evangelhos não me chama a atenção o fato de Jesus multiplicar os pães e peixes tanto quanto me impressiona o dia em que Ele chorou ao saber do seu amigo Lázaro, o dia em que certamente Seus olhos se encheram de Lágrimas ao ver aquela mulher sendo arrastada na praça ao encontro do apedrejamento.

Isso me leva a pensar que Deus se preocupa conosco Ele se importa com a criação, para nos mostrar que devemos nos importar com uns com os outros, porque precisamos de todos, e de Adão e surge um novo homem Eva, é lagarta da que nasce a borboleta e da semente que nasce em árvore.

Tudo na natureza vive em harmonia, no entanto o homem perdeu essa essência, culpa do capitalismo, do querer ter, ser e poder, não sei se só esses fatos causaram esta perda. Penso que o principal fato foi quando o homem quis se tornar único, sozinho, isolado.

Ele se esqueceu de que ninguém ama sozinho, ninguém brinca sozinho, ninguém é igreja sozinho, ninguém é pai mãe filho, vô, vó sozinho ninguém é frade sozinho, ninguém faz filho sozinho, ninguém nasce sozinho. Gente precisa de gente pra ser gente. Essa filosofia resgatada da África tem muito a nos dizer no século em que vivemos

Vivamos, pois, essa ideia no nosso dia-a-dia, pratiquemos nossa fé em nossos semelhantes, tenhamos um olhar providente, misericordioso, capaz de ver Cristo no outro e amá-lo como nos ama o Altíssimo e Glorioso Deus.

Certo dia um antropólogo terminando os estudos dos costumes de uma aldeia africana resolve fazer uma gincana com as crianças, seria uma corrida de um ponto a outro, sendo que na chegada as esperava um pote de guloseimas.  Dada à largada, as crianças correram juntas até o pote de guloseimas e comemoraram a vitória de todas.  O antropólogo fica admirado e uma das crianças percebe e diz a ele: “Ubuntu tio, como uma de nós poderia ficar feliz se as outras estariam tristes?” Do tempo que ele lá estava não havia visto nada parecido, faltava apenas uma gincana para que ele entendesse o tudo daquele povo.

 Tenho dito e Ubuntu!!!


Por Flávio Ysmael dos Santos, aluno do 2º ano.

11 junho, 2016

Discurso sobre Dom José Gomes




Dom José Gomes, aquele que mudou o Oeste Catarinense foi o tema da 2ª Sessão do Grêmio Literário Confira abaixo

Dom José, aprendiz das coisas de Deus e do povo.

Saudações...

Vou vos falar hoje de São José Gomes, o escolhi como tema para meu primeiro discurso ordinário, por ter sido ele para mim a imagem viva tá bom pastor e um grande exemplo a ser seguido e por fazer parte da história na minha diocese e, por conseguinte na minha história e vocação.

Dividi o meu discurso em três tópicos, a saber, Padre José Gomes, Dom José Gomes, Bispo de Bagé, e Dom José Gomes Bispo de Chapecó.

José Gomes nasceu em 25 de março de 1921, filho de Antônio Gomes e Maria Magioni Gomes, sendo o quinto de nove filhos, natural da cidade de Erexim, onde cresceu e viveu até os 11 anos quando depois da morte do pai e da confusão causada pelo referido acontecimento, decide revelar a sua família a vontade ser Padre, a mesma, muito religiosa alegra-se com tamanha graça, mas mediante a situação em que se encontravam surge a pergunta, como Pagar os estudos?  Mas por coincidência um grande amigo da família s.r. Giocondo Pagnocelli que decide dar esta ajuda financeira a José, e é assim que iniciam os preparativos para o seu ingresso no seminário diocesano na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, Seminário menor São José, a esta alturas com 14 anos José matriculado no ano de 1935. Permaneceu neste mesmo local de 1940, quando partiu para etapa da filosofia na cidade de São Leopoldo, mesmo local em que cursou a teologia a partir de 1944, eis que então chega a tão esperado ano de sua ordenação, a mesma aconteceu no dia 21 de dezembro de 1947 na cidade de Jacutinga. Depois de ordenado o Padre José Gomes é enviado como vigário para a paróquia de Espumoso onde permanece, somente dois anos, e depois é convidado a ser cooperador em Santa Maria trabalhando na catedral e junto ao asilo e orfanato São Vicente de Paulo e depois do ano de 1951 recebe sua última transferência como Padre, para a paróquia, e depois diocese de Passo Fundo, lá desenvolveu o serviço de Cura da paróquia.

Vamos então o segundo tópico o episcopado, em 1959, Dom Arnando Lombardi Núncio apostólico do Brasil, dá fim a discussão sobre a criação de uma nova diocese no RS, e eis que no dia 25 de julho de 1960, conforme a Bula Papal “Quo divino” de João XXIII é criada a diocese de Bagé, do qual se tornou o primeiro Bispo o Padre José Gomes, a celebração da sagração aconteceu no dia 25 de julho de 1961, na catedral de Passo Fundo sendo Bispo sagrante Dom Cláudio Colling Bispo desta diocese, depois das devida celebrações, solenidades e afins, Dom José Gomes inicia seus serviços como Bispo, seus primeiros trabalhos foram visitar todas as paróquias e criar um seminário. Ele viveu nesta diocese durante a realização do Concilio Vaticano II em que participou com os Bispos de RS.

Ao retornar do Concílio e depois reiniciar seus trabalhos é transferido para a diocese de Chapecó em SC, transferência esta que aconteceu sob muitos protestos do povo de Deus de Bagé. E é assim que findo meu segundo tópico.

E agora dou início ao terceiro e último tópico de meu discurso. Dom José Gomes foi recebido na catedral de Chapecó no dia 27 de outubro de 1968, às 9 horas e 30 minutos recebido com o badalar de sinos e ao som da Banda Municipal, estavam presentes na celebração eucarística 7 Bispos, e em torno de sessenta presbíteros, além de uma grande massa de fiéis, a missa aconteceu nas escadarias da catedral, passando por cima de todos os discursos pomposos convenientes a situação, uma frase de Dom José ficou marcada naqueles que se faziam um presente: "Aqui estou e serei vosso amigo”.

Desde o início mostrou-se um homem do povo, um pastor com cheiro de suas ovelhas, e foi por este contato que ele marcou seu episcopado, a luz da reforma do Concilio guiou seu trabalho pastoral foi graças a ele que a igreja do Oeste Catarinense viveu a renovação litúrgica a partir das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), com a preparação dos primeiros ministros extraordinários da Palavra e da Eucaristia, e a celebração Dominical da palavra. Por volta também nos anos 60 surgia à iniciativa dos círculos bíblicos, dos grupos de reflexão, do (CPT) Conselho Pastoral da Terra, do Conselho Indigenista Missionário, e o MMA (Movimento das Mulheres Agricultoras), foi ele também um dos fundadores da (FUNDESTE) Fundação de Ensino de Desenvolvimento do Oeste, e da (UNOESC) Universidade do Oeste. Foi por seu incentivo que os leigos passaram a ter um grande poder de representatividade dentro da diocese, onde representantes de todas as paróquias, pastorais e grupos dão as diretrizes para o caminhar da diocese.

Dom José é conhecido como aquele que mudou o Oeste Catarinense, e o jeito do seu rebanho caminhar, porque foi graças ao seu trabalho que a igreja viveu esse novo Pentecoste que foi CV II, através da renovação litúrgica, da criação das CEBs, da inclusão dos leigos na vida da igreja, foi graças à sua voz profética que os grandes latifundiários não acabaram com a agricultura familiar, que os indígenas não foram esquecidos e abandonados, enfim ele marcou para sempre aquele povo. Dom José veio a partir na madrugada do dia 19 de setembro de 2002.

O conselho que deixo é de que a partir do exemplo de José Gomes, você possam ser pessoas, verdadeiramente, comprometidas com o projeto libertador de Deus.

Por Éverton Junior Goschel Broilo aspirante do terceiro ano.


07 junho, 2016

Discurso sobre saneamento básico – Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016

Discurso sobre saneamento básico – Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016


O tema da Campnha da Fraternidade Ecumênica 2016 foi o tema da Sessão Solene de abertura do Grêmio Literário Santo Antônio 2013, confira o discurso abaixo.

"Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca". Amós 5,24

Saúdo nesta noite com alegria a mesa diretora composta pelo diretor frei Alberto Eckel Junior, pelo presidente Lucas Moreira Almeida e pelo secretário Franklin e Matheus da Costa. Da mesma forma aos demais seminaristas, agregados e aspirantes aqui presentes, em especial ao Frei Elias Dalla Rosa e Frei Robson Luiz Scuela.

Venho hoje preciso falar sobre a campanha da fraternidade 2016 que tem como tema principal " Casa comum, nossa responsabilidade" e o lema bíblico que se apoia em Amós " Quero ver os direitos brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca".

Uma das grandes novidades na estampa campanha da fraternidade e a participação da miséria entidade episcopal da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. A colaboração acontece em vista do desejo dos organizadores em transpor as fronteiras

O objetivo geral desta campanha é "assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos a luz da fé, por políticas e atitudes responsáveis quem garantam a integridade e o futuro de nossa casa comum".

Neste ano pela quarta vez na campanha da fraternidade é realizada de forma ecumênica para promover o diálogo e a união entre os cristãos.

O saneamento básico é o conjunto de medidas adotadas em uma região, em uma cidade, para melhorar a vida e a saúde dos habitantes impedindo que fatores físicos de efeitos nocivos possam prejudicar as pessoas no seu bem-estar físico, mental e social. O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais são o conjunto de serviços de infraestrutura e instalações operacionais que vão melhorar a vida da comunidade. É importante a preocupação dos governantes garantirem o bem-estar e a saúde da população e desde que também sejam tomadas medidas para educar a comunidade para a conservação ambiental.

Para melhor compreensão de minha prédica vou dividi-la em três tópicos.

·         O saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento saúde integral qualidade de vida para todos.

·         O que diz a bíblia em questão ao saneamento básico.

·         Quais atitudes de vemos ter em questão ao saneamento.

Saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.

Um dos problemas mais graves nas grandes periferias no Brasil em justamente a falta do saneamento básico e é este um dos fatores mais importantes da saúde porque de acordo com o meio onde vivem podem contrair a transmitir muitas doenças como, por exemplo, doenças respiratórias vermes e tantas outras. Portanto o acesso a uma potável e algumas condições de higiene, muito outras podem ser evitadas diminuindo assim o custo com tratamentos. O investimento no saneamento básico é crucial na sociedade, Já que cada R$ 1 investidos em saneamento equivale a uma economia de R$ 4 na área da saúde porque saneamento básico representa medidas de prevenção.

Além disso, outro fator importante no saneamento básico é a sua capacidade de criação de trabalho. Em 2010, este setor criou 64 mil postos de trabalho o que significa um total de 671 mil empregos criados direta ou indiretamente pelo setor do saneamento básico.

De acordo com números do Sistema Nacional de informações sobre saneamento 2010 (SNIS) divulgado em Junho de 2012 a distribuição de água potável chega a 81, 1% da população relativamente à coleta de esgotos ela chega a 46,2 % dos brasileiros.

Segundo uma pesquisa conduzida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014, afirma que só no Brasil existem 13 milhões de pessoas não tinham acesso ao banheiro.

Também vemos no Brasil que cada pessoa gera em média 1 kg de resíduos sólidos diariamente. Só a cidade de São Paulo gera entre 12 e 14 mil toneladas diárias de resíduos sólidos.

 E pior as 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9 % de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro.

A Organização Mundial da Saúde define o saneamento básico como “o controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre seu bem-estar físico mental ou social”.

Porém, as medidas de prevenção que visam promover a saúde do homem são as seguintes:

·         Abastecimento de água;
·         Manutenção do sistema de esgotos; Coleta, remoção e destinação final do lixo;
·         Drenagem de águas pluviais;
·         Controle de insetos e roedores;
·         Saneamento dos alimentos;
·         Controle da poluição ambiental;
·         Saneamento da habitação, dos locais de trabalho e recreação;
·         E saneamento aplicado ao planejamento territorial.

Assim que no primeiro tópico inicial segundo que irá falar sobre o que diz a bíblia em questões ao saneamento.

A Bíblia é uma revelação progressiva. Antes mesmo que Jesus fizesse a plena revelação do Deus amor e misericórdia, os profetas já anunciavam aspectos  importantes da caridade e da justiça fundamentos do Reino de Deus. O bem comum, desejado por Deus é o grande objetivo das sagradas escrituras. Da adesão ao projeto do Reino de Deus e, portanto, o compromisso com a construção do bem comum.

Quando falamos do Bem comum, não podemos restringi-lo somente à relação dos seres humanos entre si, mas também destes com a natureza, que deve ser cuidada  com gratidão e respeito. E o uso da natureza e de todos os bens materiais deve acontecer de forma justa e voltada para a construção de uma coletividade com mais igualdade, ao invés de serem utilizados para suprir a ganância de alguns.

A escolha do texto de Amós (Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca) é porque ele fundamentação pregação profética numa denúncia social aguda, chamando a atenção para um progresso econômico que se traduzia em igualdade e justiça para todos. Sua denúncia aponta para uma situação de casos sociais, onde as relações afetivas estavam se rompendo (Amós 2,6-8). Com suas denúncias, Amós revela que fé em Deus estava sendo manipulada pela religião oficial (Amós 4, 4-5). Deus quer justiça e dignidade para todos. Não apenas para Israel e Judá (Amós 9,7-8). O lema da campanha da Fraternidade através do profeta nos alerta para a prática da justiça como uma fonte de que jorra água limpa e com um rio perene que não seca a jamais.

A comparação que Amós faz da água que jorra com a prática da justiça, lembra que o bem-estar de todos os habitantes de um lugar deve ser o objetivo de todo serviço público.

Ninguém pode buscar apenas o lucro fácil e rápido em detrimento dos direitos dos demais.

É como se uma pessoa represasse um rio só para si, formando um enorme açude enquanto todos adiante ficam apenas com um fiozinho de água.

Jesus denuncia a ganância e os ritos vazios, que privilegiam os puros (aqueles que detinham o poder econômico) e marginalizava impuros (os pobres e enfermos na época eram vistos como abandonados por Deus e por isso eram marginalizados). Por isso Jesus disse: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5,6-7).

Refletindo sobre tudo isso, fica bem claro que a fidelidade a Deus precisa se manifestar na preservação de tudo o que é necessário para que a grande família humana possa viver com dignidade e justiça em um ambiente bem cuidado.

Mas não basta refletir. Como Jesus nos mostrou na parábola dos dois filhos chamados a trabalhar na vinha (Mateus 21, 28-31) não basta ter um bom discurso, o importante é entrar em ação, transformando o mundo do modo como Deus deseja.

Agora me conduzo ao último tópico no qual tem o objetivo de tratar o seguinte tema: Quais atitudes devemos ter em questão ao saneamento?

“Casa comum nossa responsabilidade”, é um tema que nos orienta a atuarmos coletivamente. Em favor da elaboração, implementação e acompanhamento dos planos municipais de saneamento básico. As responsabilidades são coletivas, porém diferenciadas:

O poder público tem a tarefa de realizar as obras em infraestrutura, implementar o plano municipal de saneamento básico, garantir a limpeza do espaço público e fazer a conta seletiva do lixo.

Os cidadãos têm a tarefa de não jogar o lixo na rua e zelar pelos espaços coletivos.

Essas atitudes poderão nos em aproximar do sonho do profeta Amós que é o de "ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.

Vamos conhecer algumas atitudes que podemos assumir nesta quaresma:

-  -   Não nossa casa:
·         A água é usada com economia?
·         Você sabe se o esgoto coletado em nossa casa é tratado?
·         Você se incomoda ou denuncia quando vê um vazamento de água em nossa casa?
·         Quando sai de um cômodo laminado tem o costume de apagar a lâmpada?
·         Qual o destino que damos ao óleo de cozinha que não podia ser reutilizando?

 - -  No nosso bairro:
·         Há rede de água encanada?
·         Há coleta regular de lixo?
·         Há o consume de cobrar das autoridades providências próprias do poder público?

 -   -   Na nossa cidade:
·         A água é de qualidade?
·         Existem cooperativas populares de reciclagem dos resíduos sólidos?
·         Quando há aprovação de projeto de construção de um imóvel, o esgoto é levado consideração?

Portanto, toda poluição que fazemos em nosso planeta acaba colocando em risco a vida de todos nós. Deste modo, percebemos que possível exercer um grande cuidado com nossa casa comum.

“É preciso organizar o povo -descentralização do poder e decisões- para que as pessoas sejam atendidas em suas e cuidem do ambiente em que vivem”.  Do livro do êxodo.

Tenho dito e muito obrigado!


Por Odirlei Luiz Possa, seminarista do 2º ano.


Discurso sobre os Pobres de Espírito

Discurso sobre os Pobres de Espírito


Na 3ª Sessão do Grêmio Literário fomos presenteados com uma bela reflexão sobre os pobres de espírito. Confira abaixo o discurso.

"A vida a é uma viagem onde Jesus é a estrada, o Espírito Santo é a carga e Deus Pai o ponto de chegada" Osvaldo Alves da Silva.

Saúdo com grande alegria e gratidão nesta noite a mesa diretora composta pelo diretor em exercício Frei Robson Luiz Scudela, pelo presidente Lucas Moreira Almeida e pelo secretário Franklin Matheus da Costa e saúdo também com muito carinho os meus colegas agremiados, aspirantes e em especial ao Frei Elias Dalla Rosa que aqui se faz presente.

O que vem a ser uma pessoa pobre de espírito?

A expressão “pobre de espírito” encontramos nas bem-aventuranças que conhecemos quase que decor. Assim penso que parte da compreensão das bem-aventuranças norteia nossa vida cristã. As bem-aventuranças são chamadas de carta magna do cristianismo.

Com minhas pesquisas sobre este tema me deparei com uma partícula “de” que em determinada interpretação da expressão “pobre de espírito”. Com isso busquei o significado que é ter aquela característica fundamental de perceber o que é espiritualmente vazio, é que somente confiando em Deus se pode preencher esse vazio. Reconhecendo o que é espiritualmente pobre, pessoa humilde de espírito conhece a sua própria necessidade.

E segundo o que significa “pobre em espírito”?
A conclusão do evangelista São Mateus para esta bem-aventurança não é para falar apenas dos pobres, mas falar dos “pobres em espírito” que é diferente.

Então o que significa e representa esta expressão?
Para São Mateus são os que vivem em espírito de pobreza descobrirão seu verdadeiro lugar diante de Deus, somos dependentes de Deus para viver, mas também dos nossos semelhantes.

Mas São Mateus quando escreveu sabe muito bem que existe pobre que tem o espírito de rico, que são aqueles que vivem imaginando que chegará para eles a felicidade, quando serão ricos. Por exemplo: ganhando um prêmio da loteria ou da loto fácil ou se a vida de negócios está muito bem lucrativa. Sabemos que neste mundo não existe nada pior do que um pobre com espírito de rico!!

O ensinamento que ganhamos é este: sabendo repartir liberdade e a vida para todos. Como disse Jesus: “bem-aventurados os pobres em espírito porque é deles o Reino do céu”. É importante saber que esta afirmação não confere a nenhuma benção especial aos economicamente pobres! A impressão de que a pobreza, por si mesma, é uma bênção, e que ser economicamente pobre automaticamente significa que sei há carinho do protegido por Deus abençoado por Ele em boas graças.

Em Lucas capítulo 6, versículo 20, se lê: “bem-aventurados vós, os pobres” e no mesmo contexto o Senhor fala de condenar os ricos. Em Marcos capítulo 12, versículo 37, diz que: “E a grande multidão o ouvia com prazer.”, mas era necessário ouvi-lo e corresponder para ser abençoado. Mas o nosso foco é em Mateus capítulo 5 e versículo três, pois se trata sobre e qualidade espiritual e não sobre uma condição econômica.

Usei como base para construir o meu discurso o capítulo 5 de Mateus evangelista e o site O que é ser uma pessoa pobre do espírito.

Por fim, eu convido a todos a se voltar em si mesmo e se perguntar: Eu estou sendo como um pobre em de espírito? Meus jeitos de vida me adequam como um pobre de espírito? E por fim, eu posso ser um pobre de espírito? E deixo como reflexão a frase de Jesus nosso Salvador como apoio: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino dos céus”.

Tenho dito e muito obrigado!!!

Por Mateus Oliveira seminarista do 2º ano.

04 junho, 2016

Discurso sobre a Páscoa.

Discurso sobre a Páscoa.



No domingo de Páscoa ocorreu a sessão Solene de Páscoa do Grêmio Literário. O orador da tarde foi o aspirante Luiz Henrique Martinelli. Confira abaixo o discurso.


Este é o dia que o Senhor fez para nós alegremo-nos e nele exultemos.

Saúdo com uma grande alegria nessa manhã mesa diretora composta pelo diretor Frei Alberto Eckel Junior, o presidente Lucas Moreira Almeida e o seu secretário Franklin Matheus da Costa. E com a mesma alegria saúdo os demais aqui presentes

Confesso que é grande desafio falar sobre a páscoa, pela importância que ela tem para todos os cristãos. Mas também me sinto muito honrado em ter sido escolhido para fazer esse discurso. Então, depois de muito pensar em como abordar o tema. Decidi por apresentar de forma contínua, de uma forma quase cronológica.

Quando os cristãos começaram a celebrar a Páscoa, os judeus já estavam celebrando há anos. No começo do cristianismo, a páscoa cristã era muito parecida com a judaica, porém com um sentido diferente, a saber, a ressurreição de Cristo. Ela era antecipada por três dias de jejum.

Houve sérias e longas discussões para haver um acordo sobre a data da celebração da páscoa cristã. Os cristãos de Antilogia, na Ásia Menor queriam manter o dia na páscoa judaica catorze de Nisã, que hoje no nosso calendário, corresponde aos meses de março / abril. Os de Alexandria, no norte da África, insistiam para que a celebração fosse no domingo seguinte a essa data, porque queriam manter o jejum desde o dia da morte de Jesus até o dia de sua ressurreição. Foi então estabelecido, por decreto do primeiro concilio Niceia, no ano de 325 que deveria ser celebrado sempre no domingo após a primavera (no hemisfério norte) e outono (no hemisfério sul). Seguindo esse costume, a comemoração da páscoa costuma ser entre os dias 22 de março e 25 de abril.

Ao longo dos anos muitas coisas mudaram os três dias de jejum e tornaram 40, em memória ao jejum que Jesus fez no deserto. Esse tempo é chamado liturgicamente de quaresma, que é um tempo de preparação penitencial para a páscoa, um tempo forte de conversão e de mudança de vida, bem como de preparação mais intensa para os catecúmenos, isto é, dos que se iniciam na fé cristã.

Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais; A prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração, como imitação de Cristo, são ainda hoje recomendados. Ao término dos 40 dias, inicia-se o Tríduo Pascoal, que não é o centro só da páscoa, mas também de toda a vida da igreja.

Na liturgia ocupa o primeiro lugar em ordem de grandeza, não havendo, pois, nenhuma outra celebração que se possa colocar em seu nível.

O Tríduo pascoal não é um tríduo que prepara para o domingo de páscoa, mas é um Tríduo celebrativo do mistério pascal de Cristo, que culmina no domingo "Dia do Senhor". Trata-se de uma única celebração em três momentos distintos, paixão-morte, sepultura e ressurreição do Senhor.

É tão fundamental o Tríduo pascal, que, sem ele, não existiria a liturgia, e o que teríamos era então uma Igreja sem sacramentos sem a missionaridade redentora.

Por que se diz isso? Porque sem antes ressurreição de Cristo - ensina nos são Paulo- vazia seria toda a pregação apostólica como vã, vazia e sem sentido também seria a nossa fé.

As outras duas solenidades que marcam o tempo pascal são:
Ascensão do senhor; é o domingo que celebra a subida do Senhor ao céu e Pentecostes; que é o coroamento de todo ciclo na páscoa celebrando a vinda do espírito santo.

Com tantas solenidades envolvidas no tempo pascal, é natural achar que essas festas são núcleo da liturgia. Porém a páscoa é, sobretudo, semanal. Todo domingo tem uma grande importância, porque é comemoração semanal do mistério pascal.

Então eu peço que celebrem bem todos nós domingos, não desmerecendo os demais domingos.

Devemos ter sempre em mente que todos os domingos são Dias do Senhor.

Cristo ontem e hoje, alfa e ômega, a Ele o princípio e fim tempo e a eternidade, a glória e o poder pelos séculos sem fim, amém.

Convido a todos a ficarem de pé e cantar o canto.

Bom almoço, e obrigado pela atenção.

Luiz Henrique Martinelli, aspirante do 3º ano