31 agosto, 2016

Discurso sobre Santa Josefina Margarida Bakhita !




“Se eu encontrasse aqueles negreiros que me raptaram, e mesmo aqueles que me torturaram, ajoelhar-me-ia para beijar suas mãos; por que se isto não tivesse acontecido, eu não seria agora cristã e religiosa.”(Santa Bakita)

Saúdo com grande estima e alegria nesta noite o diretor frei Alberto Eckel Junior, o presidente Lucas Moreira Almeida, o secretario Franklin Matheus da Costa e saúdo também meus colegas Agremiados, o seminaristas Henrique Manuel Mafra Neto e aos frades (frei Elias Dalarosa, Frei Robson Luiz Escudella.) que aqui se fazem presente.
Venho-vos hoje falar de uma santa que me chamou muita atenção por seu grande exemplo de superação e esperança que é a santa Josefina Margarida Bakhita, ou melhor santa Bakhita .
Bakhita nasceu no Sudão, região de Dafur na África, no ano de 1869 e através de suas poucas informações sabemos que sua aldeia natal é Olgossa, cuja pronúncia é “algoz”, que em árabe significa “Dunas de Areia”.De família abastada, seu pai possuía terras, plantações e gado; ele era irmão do chefe da aldeia. Sua família era composta pelos pais e sete filhos, sendo muito unidos e afeiçoados.
Não devemos nos esquecer de que, apesar de possuírem terras, gado, etc., viviam num aldeia onde as cabanas eram de barro com telhado de palha. Todos nas aldeias estavam sujeitos ao grande perigo que eram os bandos negreiros que raptavam homens, mulheres e crianças para negociar no mercado de escravos.
No ano de 1874, sua irmã mais velha foi raptada. A dor dilacerou o coração daquela família tão unida e feliz.“Bakhita” não foi o nome que recebera dos pais quando nasceu. No ano de 1876, com mais ou menos 7 anos de idade, foi raptada e arrancada do seio de sua família. A pequena menina tomada de pavor, foi levada brutalmente por dois árabes e foram eles que impuseram o nome de “Bakhita”, que significa: “afortunada”.
A pequena escrava, depois de um mês de prisão, foi vendida a um mercador de escravos. Na ânsia de voltar para casa, Bakhita se arma de coragem e tenta fugir. Porém, foi capturada por um pastor e revendida a outro árabe, homem feroz e cruel, que, por sua vez, revendeu-a a outro mercador de escravos.
Novamente ela é vendida a um general turco, cuja esposa era mulher terrivelmente má. Desejou marcar suas escravas e Bakhita estava entre elas. Chamou então uma tatuadoura que, com uma navalha, ia marcando os corpos das meninas que se contorciam de dores, mergulhadas numa poça de sangue. Bakhita recebeu no peito, no ventre e nos braços 114 cortes de navalha que eram esfregados com sal para que as marcas ficassem bem abertas. A jovens escravas foram jogadas em uma cisterna  sem tratamento e nenhum cuidado, durante um mês.
No ano de 1882, o general turco vendeu Bakhita ao agente consular Calisto Legnani que seria, para ela, seu anjo bom. Na casa do cônsul, Bakhita conheceu a serenidade, o afeto e os momentos de alegria, lembranças dos momentos felizes na casa dos pais.
Em 1885 o sr. Calisto é obrigado a retornar à Itália; Bakhita pede para acompanhá-lo e obtêm consentimento. E assim partiram em companhia de um amigo, o sr. Augusto Michieli, a quem o cônsul presentearia em Gênova com a jovem africana.
Chegando à Itália com seu “patrão”, o rico comerciante Michieli, foi para vila Zianino de Mirano Veneto onde Bakhita se tornou babá de Mimina, a filhinha do casal. Apesar de serem

pessoas boas e honestas, não eram praticantes de religião. Como sempre, Deus tem seus caminhos e acabou colocando no caminho de Bakhita, o administrador dos Michieli, Iluminato Chechini. Iluminato era um homem muito religioso e logo se preocupou com a formação religiosa de Bakhita; e ao dar um crucifixo a ela, disse em seu coração: “Jesus, eu a confio a Ti”.
Quando os Michieli tiveram de voltar para Suakin, na África, por motivos de negócios, Bakhita e a pequena Mimina ficaram aos cuidados das Irmãs Canossianas, em Veneza, e isto graças ao sr. Iluminato.
Bakhita iniciou o catecumenato (catequese para receber os sacramentos iniciais), no Instituto das Irmãs. Ao final de nove meses, a sra. Maria Turina voltou à Itália para buscar sua filhinha Mimina e aquela que considerava sua escrava, pois retornariam à África.
Naquele instante, Bakhira já toda apaixonada por Jesus, prestes a receber os sacramentos, recusa-se a voltar para a África, apesar do afeto que nutria pela família Michieli e principalmente pela pequena. Sentia em seu coração um desejo inexplicável de abraçar a fé e vivê-la para sempre.
Apesar dos apelos e até ameaças da sra. Michieli, nossa jovem africana não cedeu em sua minima resolução. Bakhita estava livre, na Itália não havia escravidão. Sua patroa retornou à África com sua filha e Bakhita prosseguiu com sua catequese, feliz mesmo sabendo que seria a última chance de rever seus familiares na África.
No dia 09 de janeiro de 1890, Bakhita é batizada, crismada e recebe a 1° comunhão das mãos do Patriarca de Veneza, Cardeal Agostini. No batismo recebe o nome de Josefina Margarida Bakhita. Ela descreveria este dia como mais feliz de sua vida: sentir-se filha de Deus era-lhe uma emoção inigualável, assim como receber Jesus na eucaristia era o Céu na Terra.
Bakhita nutria em seu coração o sublime desejo de se tornar religiosa, uma Irmã Canossiana. Josefina Bakhita foi aceita na congregação das Filhas da Caridade Canossianas, servas dos pobres e, depois de três anos de noviciado, no dia 08 de dezembro de 1896 pronunciou os votos de: Castidade Pobreza e Obediência.
Depois da profissão religiosa, nossa Irmã Bakhita foi transferida para a cidade de Schio, em outra obra da Congregação, e lá permaneceu por 45 anos, onde passou a ser conhecida como a “Madre Morena”.
Irmã Bakhita era atenciosa com todos, sem distinção, desde as crianças do colégio, seus pais, sacerdotes, com suas irmãs religiosas, etc., sempre levando a todos palavras de conforto, consolo e amor incondicional a Deus Pai.
Em todas as funções que exerceu, sempre colocou seu coração doce e sincero na Igreja, na Sacristia, na portaria ou na cozinha, era tudo para todos, com seu sorriso de anjo.
Irmã Bakhita, em sua infância na África, mesmo sem saber nada de Deus, pensava em seu coração inocente e puro, quando olhava a lua e as estrelas: “Quem será o patrão de todas estas coisas?”. Oh! Bakhita, Deus já estava te preparando para Ele!
Bakhita sonhava com a conversão do povo africano e, no dia de sua profissão religiosa, rezou: “Ó Senhor, se eu pudesse voar lá longe, entre a minha gente e proclamar a todos, em voz alta, a tua bondade. Oh! Quantas almas eu poderia conquistar para Ti! Entre os primeiros, a minha mãe e o meu pai, os meus irmãos, a minha irmã ainda escrava... e todos, todos os pobres negros da África. Faça, ó Jesus, que também eles te conheçam e te amem!”.
No ano de 1947 Bakhita adoeceu, já quase sem forças, em cadeira de rodas, passava horas em oração, em adoração e contemplação. Era o dia 08 de fevereiro de 1947, nossa Irmã Morena murmurava: “Como estou contente! Nossa Senhora! Nossa Senhora!”.
Depois de algum tempo, em seus últimos momentos, disse: “Vou-me devagarinho para a eternidade... Vou com duas malas: uma contém os meus pecados; a outra, bem mais pesada, contém os méritos infinitos de Jesus Cristo. Quando eu comparecer diante do Tribunal de Deus, cobrirei a minha mala feia com os méritos de Nossa Senhora. Depois abrirei a outra e apresentarei os méritos de Jesus Cristo. Direi ao Pai: ‘Agora julgai o que vedes’. Estou segura de que não serei rejeitada! Então me voltarei para São Pedro e lhe direi: ‘Pode fechar a porta porque eu fico!”
E no ano de 1947 às 20 horas, irmã Bakhita entrega sua alma a Deus. O povo em grande multidão quer dar o último adeus à Madre Morena, sua fama de santidade se espalhou rapidamente e todos recorriam ao seu túmulo pedindo sua intercessão.
Em 17 de maio de 1992 foi beatificada e, em 1º de outubro de 2000, foi elevada à honra dos altares, declarada “Santa” pelo nosso Santo Padre, o Papa João II, sendo que o milagre que a levou a ser reconhecida como Santa, aconteceu em Santos, no Brasil.
Usei como fonte para o meu discurso os sites: santa Bakhita quem foi e sua história.
Santa Bakhita deve sempre inspirar sentimentos de confiança na Providência, doçura para com todos e alegria em servir.
 Peso-vos que a exemplo  de Santa Bakita nunca desanimemos pois as dificuldades viram mas a força para vencer nos teremos.
Boa Noite!!



 Agremiado 2°Ano Mateus de Oliveira

30 agosto, 2016

Trocas de Ideias ...



 Na última segunda-feira, 29/08, aconteceu em nossa escola uma palestra-debate, que teve como temas norteadores a "Mídia e sua influência no processo político" e "Educação". A mesma foi organizada pelos Seminaristas Franciscanos com o apoio das ATPs e contou com a participação de Professores que de forma dinâmica fizeram suas ponderações sobre os assuntos e responderam às perguntas da assembleia que era composta de alunos. 





28 agosto, 2016

Seminaristas e Aspirantes participam do Retiro com catequizandos !




No sábado, dia 27 de agosto, ocorreu um retiro de catequizando que se preparam para fazer a Primeira Eucaristia na comunidade Santo Antônio em Ituporanga. Coordenado por Frei Elias que fez uma reflexão sobre o sentido da Eucaristia por meio da História dos Discípulos de Emaús ( Lc 21, 13-35). Após esse momento, os Seminaristas e os Aspirantes  apresentaram o canto franciscano sobre a Eucaristia : Quero Honrar e Venerar e a encenação da Perfeita Alegria, em seguida foi apresentado uma explicação sobre Vocação.










Ao término da reflexão ouve uma confraternização na quadra da Comunidade com gincana, brincadeiras, risadas, partilha de vida e claro muita alegria.

Equipe de Comunicação

Aniversariante do dia !


24 agosto, 2016

Seminaristas e Aspirantes participam do Acampamento Diocesano das Famílias !




Nos dias 20 e 21 de agosto, a Fraternidade de Ituporanga ( Seminário São francisco de Assis e Paróquia Santo Estevão) estava toda reunida o Parque da Cebola para a realização do II Acampamento Diocesano das Famílias. O Acampamento iniciou com as Apresentações Culturais (dentre as quais o seminário falou de Vocação) e um jantar partilhado, no sábado à noite; no domingo de manhã, tivemos a presença do Bispo diocesano Dom Onécimo Alberton que fez a reflexão do Documento papal "Amoris laetitia". Celebrou-se também a missa de encerramento da Semana das Famílias seguida de um almoço festivo.


Equipe de Comunicação

Encontro Vocacional : Agosto 2016 !





No último final de semana aconteceu em nosso seminário mais um encontro vocacional, onde 4 jovens provenientes da cidade de Ituporanga deram seu sim inicial ao chamado que o Senhor lhes fizera. Esse já é o sexto encontro que esses jovens fazem para o seu discernimento vocacional na companhia dos seminarista do S.A.V. Aqui eles encontram um momento de trabalho, estudo, esporte e lazer entrando na rotina diária dos seminaristas e aspirantes. Que o Senhor possa continuar enviando jovens para seguir o Evangelho ao modo de Francisco de Assis. 



PAZ E BEM

Equipe de Comunicação

06 agosto, 2016

Aniversariante do Dia !

" ... Serei um FRADE MENOR !" Seminário São Francisco Na Ordenação Episcopal de Dom Frei Evaristo Splenger.


Na Manhã deste sábado , 6 de agosto Festa da Transfiguração do Senhor, o Seminário São Francisco juntamente com toda a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, fizeram sua parte entregando a Igreja Frei Evaristo Splenger que fora nomeado pelo Papa Francisco como Pastor da Igreja na  Prelazia do Marajó - PA, a celebração ocorreu na Matriz de São Pedro Apóstolo em Gaspar - SC.

"Quando me perguntaram de como  serei bispo, eu respondi:
 serei um Frade Menor ! "

DOM FREI EVARISTO SPLENGER



Após trabalhar tantos anos na província Frei Evaristo se volta para a missão  de um povo que tanto necessita de ajuda e com o modo franciscano de ser desejamos a ele uma santa e abençoada evangelização no norte do Brasil. 

























No término da celebração aconteceu algumas homenagem a Frei Evaristo :










Homenagem da Diocese de Duque de Caxias -RJ 









Homenagem Padres da Prelazia do Marajó - PA










Homenagem Povo de Gaspar - SC





Equipe de Comunicação